Memórias Mortuárias - Poesia

 

Memórias Mortuárias

(27.03.2024 - LunA Daimon)

Lembranças que se apagam

Ao esvaziar-se do tempo perdido,

Em pontos de luz e escuridão,

Esperança,

De um tempo que não voltará mais,

Onde tudo que foi sentido e falado

Verá jamais

Os olhos abertos,

Vida frágil

Vida Sutil

Vida se esvai

Diante da pele que esfria

Olhos que se fecham

Sentidos adormecem

E despertam 

Num novo mundo inimaginável,

E aqui quem fica,

Sofre, chora, grita

A partida daqueles que se foram

E glorificam, homenagem, flores, fotos,

Saudades Infinitas

Velas derretidas,

No altar do sofrimento,

RIP

Reconstrução.....

 

Reconstrução.....

A alma é um instrumento fino, delicado, revestido pelas experiências mais profundas de cada vida.

Cada ato, cada vivência, cria-se uma nova camada de revestimento, moldando assim aspectos da nossa personalidade. Tirando esses revestimentos, resta somente a real Essência. 

Então tudo que vemos em cada mundo que visitamos, são couraças, revestimentos, camadas de vivências boas e ruins.

Quando uma pessoa tira esses revestimentos, valorize-a, pois a pessoa se despiu de todo ego, de toda camada, tirou todas as roupas dos personagens que a vida a fez criar e está pura.

É nessas horas que as fraquezas surgem a superfície do ser. 

Cuidado ao tocar nessa alma, cuide para que não crie mais uma camada negativa. 

Pois cada camada nova, a sua luz se ofusca e o brilho vai diminuindo.

Paciência é uma virtude....

Tente cultiva-la.

Carpe Noctem